Pesquisadores, arquitetos e empresas do setor imobiliário observam uma desaceleração no interesse por recursos de casa inteligente nos Estados Unidos. Dados analisados pelo site Axios indicam que moradores têm deixado de lado comandos de voz e aplicativos em favor de botões e interruptores convencionais.
Ansiedade e bem-estar impulsionam mudança
O arquiteto Yan M. Wang afirma que a ideia de aparelhos “sempre ligados e ouvindo” gera ansiedade. O Global Wellness Institute também detecta resistência a painéis de controle complexos e cita a criação de espaços de “detox digital” como parte de um movimento de bem-estar analógico.
Em reportagem do Financial Times publicada em 2024, India Alexander, chefe de avaliações da imobiliária The Modern House, observa que muitas pessoas veem a casa como refúgio após um dia cercado de tecnologia.
Mercado imobiliário reflete preferência
A plataforma de aluguéis Zillow registrou aumento de 48% nas menções a “cantinhos de leitura” nas descrições de imóveis, sinalizando demanda por ambientes mais simples.
Falhas e custos pesam contra dispositivos conectados
Além do cansaço digital, o preço elevado e o risco de obsolescência afastam consumidores. O recente apagão na AWS, divisão de nuvem da Amazon, ilustrou o problema: colchões inteligentes da Eight Sleep deixaram de responder ao aplicativo, prendendo a temperatura em 43 °C para alguns usuários. Durante o mesmo incidente, assistentes Alexa, campainhas Ring e outros aparelhos, de lâmpadas a caixas de areia para gatos, pararam de funcionar.
Diante de falhas desse tipo, arquitetos relatam que muitos clientes têm preferido soluções totalmente offline, reforçando a tendência das chamadas “casas burras”.
Com informações de Tecnoblog