Um artigo publicado no Journal of Holography Applications in Physics conclui que o cosmos não pode ser integralmente reproduzido por um sistema computacional. A pesquisa, conduzida pelo físico Mir Faizal com coautoria do divulgador científico Lawrence M. Krauss, utilizou o teorema da incompletude de Gödel para demonstrar que qualquer teoria de gravidade quântica formulada como algoritmo será, por definição, incapaz de abranger todos os aspectos da realidade.
Limites matemáticos
O teorema de Gödel estabelece que, em todo sistema lógico consistente, existem afirmações verdadeiras que não podem ser provadas internamente. Aplicado à física, o princípio sugere que sempre haverá fenômenos que escapam a uma descrição puramente computável, anulando a hipótese de um universo programado.
Compreensão não algorítmica
Para explicar esse obstáculo, Faizal introduziu o conceito de “compreensão não algorítmica”, um tipo de conhecimento que, segundo ele, transcende qualquer processamento de dados. “Uma representação exaustiva do universo requer algo além de cálculos”, afirmou o pesquisador.
Leis da física como criadoras do espaço-tempo
Krauss reforçou a conclusão ao destacar que as próprias leis da física não estão contidas no espaço e no tempo, mas são responsáveis por originá-los. Assim, uma descrição completa do real exigiria acesso a um nível de informação que nenhum algoritmo poderia alcançar.
Imagem: William R
Com base nesses argumentos, os autores afirmam que a hipótese de o universo ser uma simulação digital esbarra em limites matemáticos intransponíveis.
Com informações de Hardware.com.br