São Paulo – Um levantamento da consultoria Ampere Analysis indica que jogos refeitos do zero (remakes) geram receitas superiores às versões apenas aprimoradas (remasters), apesar de exigirem investimentos mais altos em desenvolvimento e marketing.
Custos elevados, retorno maior
De acordo com o estudo, as editoras optam cada vez mais por revisitar franquias conhecidas. A razão, explica Katie Holt, analista sênior da Ampere, é o aumento expressivo do custo para criar novas propriedades intelectuais. “Ao refazer completamente um título já popular, o risco de fracasso financeiro diminui”, afirma.
Enquanto os remasters demandam menos tempo e dinheiro, o engajamento costuma ser menor, reduzindo o potencial de faturamento. Os remakes, por outro lado, são lançados com preço cheio e recebem campanhas de divulgação robustas, fatores que impulsionam as vendas.
Exceções confirmam a regra
Nem todo remaster, contudo, resulta em desempenho modesto. O estudo cita The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered, que arrecadou US$ 180 milhões e mantém cerca de 7 milhões de usuários ativos por mês nas três plataformas onde está disponível.
Decisão estratégica
Segundo a Ampere, escolher entre remake e remaster envolve avaliar o estágio da franquia, o perfil do público, a idade do jogo original e a viabilidade técnica em múltiplas plataformas. Um cálculo equivocado pode transformar uma oportunidade em prejuízo.
Imagem: William R
O relatório conclui que o mercado sinaliza disposição para pagar mais por uma “renovação autêntica”. Com isso, as editoras tendem a apostar em remakes sempre que a marca justifica o investimento extra.
Com informações de Hardware.com.br