A Shield AI, empresa norte-americana de tecnologia militar avaliada em cerca de US$ 5,3 bilhões, apresentou o X-BAT, jato de combate autônomo projetado para decolar sem pista e voar sem sinal de GPS. O anúncio foi divulgado nesta semana pela companhia, fundada há dez anos no Vale do Silício.
Desenvolvido nos últimos 18 meses, o X-BAT utiliza o sistema de inteligência artificial Hivemind, a mesma plataforma que, em 2024, controlou um F-16 não tripulado em duelos simulados contra caças conduzidos por pilotos humanos. O software analisa dados de sensores a bordo para traçar rotas e executar missões de forma independente.
Decolagem vertical e longa autonomia
Com configuração VTOL (Vertical Take-Off and Landing), o caça consegue pousar e decolar verticalmente, dispensando infraestrutura tradicional. Segundo a Shield AI, isso permite operações a partir de ilhas remotas, porta-aviões ou até navios cargueiros.
O jato tem alcance estimado superior a 2 mil milhas náuticas. A empresa calcula que o programa custará cerca de US$ 1 bilhão até atingir plena capacidade operacional.
Cronograma de testes
Os primeiros voos de avaliação estão previstos para 2026, e a inclusão do X-BAT em missões militares está planejada para 2028. A startup afirma já discutir o projeto com representantes das Forças Armadas dos Estados Unidos, embora ainda não haja contrato assinado.
Funções em combate
Capaz de atuar de forma independente ou como drone wingman ao lado de aeronaves tripuladas, o X-BAT foi concebido sem a necessidade de proteger um piloto humano. Esse fator permitiu otimizar o design para maior velocidade, manobrabilidade e resistência a forças extremas.
Imagem: Internet
O presidente e cofundador da Shield AI, Ryan Tseng, destacou que o modelo elimina a dependência de pistas de decolagem, ampliando a flexibilidade de uso em cenários imprevisíveis. Já o chefe de engenharia de aeronaves, Armor Harris, ressaltou que o Hivemind é o mesmo “piloto de IA” submetido a combates de teste em um F-16, o que comprovaria a robustez da plataforma.
A empresa acredita que caças autônomos capazes de operar sem comunicações externas nem GPS representam a próxima geração do poder aéreo, especialmente em ambientes sujeitos a bloqueio de sinal ou interferência eletrônica.
Com informações de Mundo Conectado