Protestos reúnem manifestantes em sedes da Rockstar em Edimburgo e Londres após demissões

Centenas de pessoas se concentraram, em 6 de novembro de 2025, diante da Rockstar North, em Edimburgo, e do escritório da Take-Two Interactive em Londres, em resposta às recentes demissões na desenvolvedora de Grand Theft Auto. Cartazes com frases como “Grand Theft Employment” e “The Pinkertons salute you!” foram erguidos enquanto os manifestantes acusavam a empresa de tentar sufocar esforços de sindicalização.

Demissões e versões opostas

Na semana anterior aos atos, a Rockstar informou ter dispensado “um pequeno número de indivíduos” por “compartilhamento e discussão de informações confidenciais em um fórum público”, prática que violaria as diretrizes internas. A empresa declarou ainda que as demissões “não têm relação com o direito de filiação a sindicato ou participação em atividades sindicais”.

A Independent Workers Union of Great Britain (IWGB) contesta o relato. Segundo o sindicato, o espaço citado pela desenvolvedora era um canal privado no Discord, restrito a filiados e funcionários, onde se debatiam condições de trabalho e organização sindical. “Sem aviso, sem provas e sem chance de se defender”, relatou uma das profissionais desligadas durante o protesto.

Acusações de perseguição sindical

A IWGB qualificou os cortes como “o ato mais descarado e implacável de perseguição sindical na história da indústria britânica de games”. Publicações nas redes sociais mencionam a demissão de 31 trabalhadores, número não confirmado oficialmente pela Rockstar.

O movimento recebeu apoio da SAG-AFTRA, sindicato que representa, entre outros, dubladores de jogos da série GTA. Placas com pautas mais amplas — “Refugiados bem-vindos”, “Digam não à islamofobia”, “Vidas negras importam” e “Eliminem o antissemitismo” — também foram vistas nos dois protestos.

Próximos passos

A IWGB promete adotar todas as medidas legais possíveis para tentar reverter os desligamentos. Já a Take-Two, controladora da Rockstar, mantém posição de negar qualquer prática de “union-busting”. Até o momento, a companhia não sinalizou voltar atrás nas demissões.

Com informações de Hardware.com.br

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