É comum ouvir que insetos e animais pertencem a categorias diferentes. No entanto, para a ciência, essa divisão não faz sentido: todo inseto integra o Reino Animalia.
Como a confusão surgiu
No cotidiano, a palavra “animal” costuma lembrar mamíferos, aves ou répteis. Criou-se, assim, o hábito de colocar seres pequenos e cheios de patas em um grupo à parte. A taxonomia — área que organiza os seres vivos em hierarquias — mostra que essa separação é apenas cultural.
Estrutura da classificação
O Reino Animalia engloba organismos multicelulares, eucariontes e heterotróficos. Dentro dele, há vários filos. Um deles é o Arthropoda, que reúne criaturas com exoesqueleto rígido e membros articulados, como aranhas, caranguejos e centopeias, além dos insetos.
Já a Classe Insecta tem características próprias: corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen, um par de antenas e três pares de patas, totalizando seis pernas.
Exemplo de endereço biológico
Para ilustrar, os biólogos comparam a classificação a um endereço:
- Reino: Animalia
- Filo: Arthropoda
- Classe: Insecta
Portanto, dizer que “inseto não é animal” equivale a afirmar que fruta não é comida: todo inseto pertence ao reino dos animais, embora nem todo animal seja um inseto.
Imagem: Shutterstock
No vocabulário popular, “animal” virou sinônimo de vertebrados ou bichos domésticos, enquanto “inseto” serve para descrever pequenos invertebrados. A zoologia, porém, abraça ambos, vertebrados e invertebrados, de maneira igual.
Assim, da formiga ao leão, todos compartilham o mesmo reino — apenas ocupam prateleiras diferentes dentro da vasta estante da vida.
Com informações de Olhar Digital