Policiais militares de São Paulo recolheram, na noite de quinta-feira (23), um objeto que aparentava ser um smartphone e que se transforma em arma de fogo. A apreensão ocorreu durante patrulha de rotina no bairro Barretinho, em Roseira (SP).
De acordo com a corporação, o equipamento foi localizado após a abordagem a um carro ocupado por cinco pessoas. Um jovem de 18 anos carregava o dispositivo, que chamava atenção pelo aspecto diferente do de um celular comum. Ao desmontá-lo, os agentes constataram que o “aparelho” possuía compartimentos para munição calibre .380 de 9 mm, normalmente usada em pistolas semiautomáticas.
Imagens divulgadas mostram que o objeto se divide em duas partes, formando cabo e tambor, remetendo ao funcionamento de uma pequena pistola. Apesar da aparência de plástico, a polícia acredita que o item seja produzido com algum tipo de polímero capaz de resistir à pressão do disparo, algo que materiais plásticos convencionais não suportariam.
O suspeito foi detido em flagrante e encaminhado à Delegacia de Guaratinguetá. A origem da arma ainda é desconhecida, e a Polícia Civil investiga se a peça foi adquirida na dark web ou montada artesanalmente, prática comum em “ghost guns” — armas fabricadas em kits ou impressoras 3D que não têm rastreio oficial.
Levantamentos da organização The National Police Foundation apontam que a apreensão de “ghost guns” cresceu mais de 160 % entre 2019 e 2020 em cidades norte-americanas como Filadélfia e San Diego. Casos semelhantes já foram relatados na Europa; em 2017, autoridades belgas alertaram para a chegada de uma “iPhone Gun” vendida por cerca de US$ 400 pela empresa norte-americana Gun Runner Distributing.
Imagem: Internet
O aparelho recolhido em Roseira ficará à disposição da perícia para análise balística e identificação de possíveis componentes impressos em 3D.
Com informações de TecMundo