Um estudo da Bitdefender indica que líderes e profissionais operacionais avaliam de maneira distinta a capacidade de suas organizações para enfrentar riscos digitais. O Bitdefender 2025 Cybersecurity Assessment, que ouviu 1.200 profissionais de segurança e TI, revelou que 93% dos participantes se disseram “um pouco” ou “muito confiantes” em sua habilidade de gerenciar ameaças à medida que a superfície de ataque se expande.
Diferenças de confiança
Embora o otimismo seja alto, a pesquisa mostra um forte contraste interno. Entre os executivos C-level — incluindo CISOs e CIOs — 45% afirmaram sentir-se “muito confiantes” na prontidão cibernética da empresa. Já entre gerentes de nível intermediário, esse índice cai para 19%, indicando que líderes têm mais que o dobro de segurança em relação à postura de defesa do que as equipes que atuam diretamente nas operações.
Por que o descompasso ocorre
Especialistas da Bitdefender atribuem o fenômeno a questões de visibilidade e comunicação. Segundo Sean Nikkel, líder do Cyber Intelligence Fusion Cell, profissionais da linha de frente convivem diariamente com riscos herdados de processos como fusões e aquisições, que podem expor sistemas legados e tecnologias obsoletas pouco perceptíveis à alta gestão.
O diretor de Soluções Técnicas, Martin Zugec, observa que existe “um hiato entre percepção e realidade” que tende a crescer. Para Nick Jackson, diretor de Serviços de Cibersegurança, a falta de relatórios claros e colaboração constante permite que as visões estratégica e operacional se afastem.
Caminhos para reduzir o gap
De acordo com Jackson, alinhar expectativas passa por fomentar entendimento mútuo: executivos precisam enxergar os desafios diários das equipes, enquanto gerentes devem compreender o apetite de risco e as prioridades de negócio definidas pela liderança. Essa convergência, segundo a Bitdefender, favorece decisões mais ágeis e investimentos mais adequados em pessoas, processos e tecnologia.
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O relatório completo também apresenta diferenças nas prioridades de segurança para 2025 e nas percepções sobre a escassez global de talentos especializados.
Com informações de The Hacker News