Oito espécies em que o canibalismo faz parte da estratégia de sobrevivência

O canibalismo, consumo de indivíduos da mesma espécie, aparece em diversos grupos do reino animal quando comida ou espaço se tornam escassos. De insetos a mamíferos, a prática serve desde controlar populações até garantir energia para a reprodução. Veja oito exemplos em que esse comportamento foi documentado por pesquisadores.

Vespa-de-papel-asiática (Polistes chinensis)

Em períodos de pouca comida, a fêmea dominante dessa vespa social mata e oferece larvas mais jovens às mais velhas. A atitude reduz o gasto energético da colônia e prioriza o surgimento das primeiras operárias, essenciais para manter o ninho ativo.

Tubarão-mangona (Carcharias taurus)

A espécie realiza canibalismo intrauterino, chamado de adelphofagia. Vários embriões se formam, mas apenas um ou dois nascem: os mais fortes devoram irmãos em desenvolvimento e ovos não fecundados, saindo do útero maiores e mais aptos a enfrentar o oceano.

Sapo de Fletcher (Platyplectrum fletcheri)

Girinos vivem em poças temporárias com pouca matéria vegetal. Para obter nutrientes, consomem ovos de outros girinos da mesma espécie, permanecendo próximos às posturas e alimentando-se delas repetidamente até alcançar o crescimento necessário.

Besouro-da-farinha (Tribolium confusum)

Quando a população cresce demais e os recursos diminuem, adultos e larvas podem comer ovos e pupas. O comportamento reduz a competição por alimento e ajuda a equilibrar o número de indivíduos no local.

Esgana-gato (Gasterosteus aculeatus)

Machos desse pequeno peixe ingerem parte da própria ninhada, sobretudo quando estão debilitados ou suspeitam que alguns ovos não são seus. Ao recuperar energia, aumentam a chance de proteger e cuidar dos ovos restantes.

Leão (Panthera leo)

Infanticídio é frequente quando um novo macho assume um bando: ele mata filhotes do antecessor para que as fêmeas entrem novamente no cio. Em ocasiões raras, os adultos também consomem esses filhotes mortos.

Chimpanzé (Pan troglodytes)

Casos esporádicos de canibalismo envolvem adultos que atacam e comem filhotes ou indivíduos menores, geralmente durante conflitos territoriais ou brigas entre grupos.

Porco doméstico (Sus domesticus)

Entre suínos, a fêmea pode ingerir próprio leitão, sobretudo quando o filhote nasceu morto ou foi esmagado. A ingestão ajuda a recuperar nutrientes e manter a baia limpa.

Embora não seja regra, o canibalismo surge como recurso de sobrevivência ou reprodução em diferentes ambientes e níveis da cadeia alimentar.

Com informações de Olhar Digital

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