Inteligência artificial acelera cortes e muda perfil de emprego nas grandes empresas dos EUA

A adoção massiva de inteligência artificial (IA) já provoca mudanças profundas no mercado de trabalho corporativo norte-americano. Executivos de grupos como JPMorgan Chase, Goldman Sachs, Ford, Salesforce e Walmart confirmam que algoritmos assumem tarefas antes realizadas por pessoas, levando à revisão de contratações e à realocação de funções.

Metade dos cargos administrativos em risco

O diretor-executivo da Ford, Jim Farley, declarou que a tecnologia “substituirá literalmente metade dos trabalhadores de colarinho branco” na montadora. Na Salesforce, Marc Benioff afirmou que sistemas de IA já executam até 50 % das atividades internas da companhia.

Contratações suspensas e equipes enxutas

A Amazon anunciou que pode evitar a admissão de mais de 160 mil pessoas até 2027 graças à automação, enquanto a fintech Klarna reduziu seu quadro em 40 % pelo mesmo motivo. JPMorgan Chase e Goldman Sachs também reconhecem que agentes inteligentes estão ocupando parte das vagas tradicionais em finanças.

Estudos projetam impacto amplo

Pesquisa do Goldman Sachs calcula que até 7 % dos trabalhadores dos Estados Unidos podem perder o emprego diante da rápida adoção da IA generativa, popularizada desde o lançamento do ChatGPT há menos de três anos. Levantamentos da Universidade de Stanford e do Fórum Econômico Mundial apontam tendência semelhante, indicando a eliminação de milhões de postos convencionais e a criação de novas funções ligadas à pesquisa, segurança e desenvolvimento de sistemas inteligentes.

Economistas pedem preparo para transição

Para Erik Brynjolfsson, pesquisador de Stanford, o movimento marca o início de um processo que deve se estender por décadas. “Precisamos preparar nossa força de trabalho”, alertou o especialista, lembrando que a transformação avança em ritmo acelerado.

Apesar de os números oficiais ainda não registrarem uma onda de demissões em massa, companhias de diversos setores já utilizam IA generativa para automatizar atendimento ao cliente, marketing, programação e produção de conteúdo, redesenhando o futuro do emprego corporativo nos Estados Unidos.

Com informações de Olhar Digital

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