Resultados positivos da Intel no 3º trimestre despertam atenção para negócio de fundição

A Intel apresentou lucro líquido de US$ 4,1 bilhões no terceiro trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de US$ 16,6 bilhões registrado um ano antes. A receita avançou de US$ 12,9 bilhões para US$ 13,7 bilhões, superando as projeções de Wall Street e impulsionando as ações da companhia.

Injeção de capital de US$ 20 bilhões

O desempenho foi reforçado por aportes que adicionaram US$ 20 bilhões ao balanço nos últimos três meses. Em agosto, a SoftBank investiu US$ 2 bilhões. Poucos dias depois, o governo dos Estados Unidos adquiriu 10 % de participação na empresa, liberando até agora US$ 5,7 bilhões de um total previsto de US$ 8,9 bilhões. Já em setembro, a Nvidia comprou US$ 5 bilhões em ações da Intel dentro de um acordo mais amplo para desenvolvimento conjunto de chips.

Além dos investimentos externos, a Intel recebeu US$ 5,2 bilhões com a venda de sua fatia na Altera em 12 de setembro e concluiu a alienação da participação na Mobileye.

Custos enxutos e foco estratégico

Desde que assumiu o comando, o CEO Lip-Bu Tan promoveu cortes de gastos, incluindo demissões, para reverter a sequência de resultados negativos. “As medidas de fortalecimento do balanço nos dão flexibilidade operacional e confiança para executar nossa estratégia”, afirmou durante teleconferência com analistas.

Pressão sobre a área de fundição

Apesar dos números robustos, o mercado aguarda definições sobre o negócio de fundição, responsável por produzir chips sob encomenda. O setor tem enfrentado dificuldades desde a criação e foi alvo de reduções de pessoal no verão norte-americano. O contrato com Washington inclui cláusula que prevê penalidades se a Intel se desfizer da unidade nos próximos cinco anos.

Resultados positivos da Intel no 3º trimestre despertam atenção para negócio de fundição - Imagem do artigo original

Imagem: Getty

Tan destacou que a fundição “está posicionada de forma única para aproveitar a crescente demanda por semicondutores” e disse que a empresa “já conversa ativamente com potenciais clientes”, prometendo crescimento disciplinado. Detalhes adicionais, porém, não foram divulgados.

A companhia mantém a meta de se firmar como a única fabricante de chips de ponta com sede nos Estados Unidos, reforçando a importância estratégica atribuída pela administração Trump, citada por Tan como parceira no processo de recuperação.

Com informações de TechCrunch

Rolar para cima