Google+ foi de promessa ousada a fracasso encerrado em 2019; relembre a trajetória

São Paulo — Lançado em junho de 2011, o Google+ surgiu como a aposta da Alphabet para disputar espaço com Facebook e outras redes sociais. O serviço, que chegou a registrar 400 milhões de cadastros em pouco mais de um ano, teve adesão impulsionada pela integração obrigatória com produtos como Gmail, YouTube e Google Fotos. A baixa participação real dos usuários e falhas de segurança, porém, levaram ao encerramento definitivo em 2 de abril de 2019.

Funcionamento e recursos

O Google+ utilizava “Círculos” para organizar contatos em grupos (amigos, família ou temas específicos) e oferecia “Comunidades” para discussões sobre assuntos de interesse. O botão “+1”, incorporado a diversos sites, facilitava o compartilhamento de links na plataforma. Entre as funções, destacavam-se ainda o Hangouts para videoconferências e o Google Fotos, que deu origem ao serviço de armazenamento de imagens hoje independente.

Integração forçada irritou usuários

A partir de 2013, a empresa passou a exigir conta no Google+ para criar perfis de e-mail e comentar vídeos no YouTube, estratégia que aumentou o número de cadastros, mas provocou reclamações de quem não queria usar a rede. Em 2015, um redesenho reduziu os elementos sociais e priorizou a integração com outros produtos do ecossistema, sinalizando queda de relevância.

Falhas de segurança aceleram o fim

Em outubro de 2018, a Alphabet anunciou o plano de descontinuar o Google+ após identificar uma vulnerabilidade que expôs dados de usuários a aplicativos de terceiros. Outro bug, descoberto no fim do mesmo ano, reforçou a decisão. O desligamento para consumidores teve início em 2 de abril de 2019, com exclusão gradual de perfis e remoção do botão “+1” de páginas externas.

Números expressivos, uso limitado

Apesar de ocupar temporariamente o posto de segunda maior rede social do mundo em número de contas, atrás apenas do Facebook, o Google+ apresentou engajamento baixo. Grande parte dos 400 milhões de perfis foi criada de forma automática ou forçada, sem participação regular na plataforma.

Histórico de tentativas sociais

Antes e depois do Google+, a Alphabet experimentou outros projetos na área social:

  • Orkut (2004–2014) — popular no Brasil, foi encerrado após queda global de usuários;
  • Google Wave (2009) — plataforma colaborativa com recursos de e-mail e chat, descontinuada por adesão limitada;
  • Google Buzz (2010) — integração social ao Gmail, retirado pouco depois por falta de uso.

Sem uma rede social própria desde 2019, a Alphabet mantém hoje recursos sociais restritos a serviços como YouTube, mas observa de longe a disputa entre plataformas como Instagram, TikTok e X (antigo Twitter).

Com informações de TecMundo

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