A China colocou em operação o primeiro data center subaquático do mundo totalmente abastecido por energia eólica. A estrutura foi instalada na Área Especial de Lin-gang, zona econômica de Xangai voltada à inovação tecnológica e ao comércio internacional.
Capacidade inicial e planos de expansão
Na fase inaugural, o sistema gera 2,3 MW a partir de turbinas offshore posicionadas perto da costa. O projeto foi concebido de forma modular e prevê expansão para 24 MW em etapas futuras, ainda sem data definida.
Resfriamento natural reduz consumo
Ao submergir os servidores, a instalação aproveita a água do mar e o solo oceânico como agentes de resfriamento. Segundo a agência Xinhua, o consumo destinado à refrigeração caiu para menos de 10% da energia total, enquanto o uso de água doce foi reduzido em mais de 90% em relação a centros de dados convencionais. A economia de energia geral atinge 22,8%.
Investimento e aplicação
O projeto recebeu investimento estimado em 1,6 bilhão de yuans (cerca de R$ 1,2 bilhão). Na fase piloto, o data center atende demandas de inteligência artificial, redes 5G e plataformas de comércio eletrônico, segmentos estratégicos para a economia chinesa que exigem alta capacidade de processamento.
Desafios e diferencial
Embora a Microsoft tenha testado protótipos submersos em 2018, o centro de Xangai se destaca pela integração direta com energia eólica offshore. Especialistas apontam que os principais desafios estão na manutenção e na estabilidade de conexão em ambiente subaquático.
Imagem: Internet
Ao combinar fontes renováveis com resfriamento natural, a iniciativa busca reduzir a pegada de carbono e o consumo hídrico de uma infraestrutura cada vez mais pressionada pela expansão da inteligência artificial, do 5G e da Internet das Coisas.
Com informações de Adrenaline