Dara Khosrowshahi, presidente-executivo da Uber, afirmou que dentro de duas décadas todos os veículos devem ser autônomos, tornando a habilidade de dirigir um carro algo tão incomum quanto “gostar de andar a cavalo” nos dias atuais.
A declaração foi feita durante entrevista ao empresário Mathias Döpfner, CEO do grupo de mídia Axel Springer, que pediu ao executivo uma projeção de longo prazo para o setor de transportes. Khosrowshahi disse acreditar que a massificação dos sistemas de condução automática resultará em menos veículos particulares nas ruas e em melhores índices de segurança.
“Humanos são falíveis, e há muito menos tolerância para erros cometidos por máquinas, especialmente quando esses erros levam a fatalidades”, afirmou o dirigente. Ele foi além e levantou um debate: “Devemos permitir que humanos dirijam em estradas? Acho que essa é uma questão real que as sociedades precisarão fazer”.
Discussão recorrente no setor
O comentário soma-se a outras manifestações semelhantes. Em setembro de 2023, Kyle Vogt, cofundador e então CEO da Cruise, declarou que se sentiria “honrado” em apoiar a proibição de motoristas humanos caso os veículos autônomos se mostrassem 100 vezes mais seguros. Na época, ele questionou a lógica de liberar nas cidades uma opção que classificou como “100 vezes menos segura” para pedestres e ciclistas.
Imagem: Steve Jennings
Vogt deixou o comando da Cruise em novembro de 2023, um mês após o Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia revogar a licença de operação da empresa. A decisão ocorreu depois de incidentes envolvendo um acidente, um congestionamento que dificultou o trabalho de uma ambulância e problemas na saída de um show.
Com informações de Tecnoblog