Quem: a Netflix estreou neste mês “Boots”, drama roteirizado por Andy Parker e coproduzido pelo escritor Greg Cope White.
O que: a produção adapta de forma livre o livro de memórias “The Pink Marine” (2016), no qual White relata a própria experiência como jovem gay no Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos.
Quando: a trama se passa em 1990, três anos antes da política “Don’t Ask, Don’t Tell” entrar em vigor, e chegou ao catálogo da plataforma em outubro de 2025.
Onde: grande parte da ação ocorre em Parris Island, base de treinamento dos Marines, local onde White iniciou o serviço militar ainda aos 18 anos.
Como: na série, o protagonista fictício Cameron Cope (Miles Heizer) assume o lugar do autor. Ao lado do amigo Ray McAffey (Liam Oh), ele enfrenta o rigor do treinamento, o silêncio imposto sobre a sexualidade e a busca por pertencimento em um ambiente hostil.
Por quê: ao se alistar durante a era Reagan, White buscava adequar-se ao padrão de masculinidade da época. Entre exercícios pesados e a necessidade de esconder quem era, ele encontrou a confiança que faltava para assumir a própria identidade — conceito reproduzido na narrativa de Parker.
Da página à tela
Décadas após a experiência militar, White transformou a vivência em livro. O material atraiu Parker, que já havia adaptado “Tales of the City” para a Netflix. O roteirista viu paralelos com sua própria juventude em um ambiente religioso conservador e decidiu ampliar a história com personagens e arcos inéditos.
Imagem: Internet
Veteranos dos Marines e o próprio White acompanharam as filmagens para garantir verossimilhança. Segundo a equipe, o objetivo foi equilibrar o drama militar com temas universais, como amizade e descoberta pessoal, ressaltando que o alistamento pode representar fuga, disciplina ou esperança de um recomeço.
Elenco: além de Heizer e Oh, a série traz nomeações de apoio que reforçam as tensões de um quartel onde a homossexualidade era considerada tabu absoluto.
“Boots” permanece entre as produções mais vistas da plataforma, destacando um período em que recrutas LGBTQ+ precisavam escolher entre servir o país ou viver abertamente.
Com informações de TecMundo