A Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário dos Estados Unidos (NHTSA) abriu uma investigação para apurar o comportamento de um veículo autônomo da Waymo que contornou um ônibus escolar parado com luzes vermelhas piscando em Atlanta, Geórgia, no início de outubro.
O que ocorreu
Imagens divulgadas mostram o robô-táxi saindo de uma entrada bloqueada parcialmente pelo ônibus escolar, atravessando perpendicularmente pela lateral direita do veículo e, em seguida, virando à esquerda pela dianteira do ônibus enquanto crianças desembarcavam.
Escopo da investigação
Em documento oficial, o Escritório de Investigação de Defeitos (ODI) da NHTSA informou que vai analisar:
- o desempenho do software de condução autônoma da Waymo diante de ônibus escolares parados;
- a conformidade do sistema com as regras de trânsito aplicáveis;
- a possibilidade de outros incidentes semelhantes, que a agência considera alta.
Resposta da empresa
A Waymo declarou que o ônibus obstruía parcialmente a saída do veículo e que, por isso, o robô-táxi não conseguia visualizar as luzes de advertência nem a placa de parada estendida. A empresa não esclareceu se o sensor detectou os estudantes ou o braço de controle do ônibus.
“A segurança é nossa prioridade”, afirmou a companhia, citando dados internos que indicariam menor índice de acidentes em comparação a carros conduzidos por humanos. A Waymo acrescentou que já distribuiu atualizações de software em sua frota e que colaborará com a NHTSA.
Histórico e expansão
Em 2023, a NHTSA investigou relatos de dificuldades dos veículos da Waymo com barreiras em baixa velocidade, o que resultou em recall e atualização de software em 2024. No ano passado, outra apuração foi aberta após registros de carros autônomos entrando em pistas erradas ou áreas de obras.
Mesmo sob escrutínio, 2025 tem sido um ano de crescimento para a Waymo. A operação chegou a Atlanta, Austin e novas áreas do Vale do Silício, além de testes em Nova York e nos aeroportos de San José e São Francisco. Novas cidades estão previstas para 2026.
Com informações de TechCrunch