A Agibot divulgou oficialmente o G2, robô humanoide desenvolvido para executar tarefas repetitivas e perigosas em fábricas e centros logísticos, liberando trabalhadores para funções consideradas mais criativas. O anúncio, feito nesta sexta-feira (24), marca a segunda geração de plataformas da empresa que combinam automação mecânica e inteligência artificial.
Estrutura e movimento
Para reproduzir gestos humanos com precisão, o G2 possui cintura com três graus de liberdade, permitindo flexões e torções semelhantes às de uma pessoa. Sensores de torque instalados nos braços monitoram a força aplicada em tempo real, viabilizando movimentos suaves e seguros, inclusive em testes delicados, como o manejo de um ovo cru sem quebrá-lo.
Energia e autonomia
O robô conta com sistema duplo de baterias intercambiáveis e função de recarga automática, o que assegura operação contínua por até 24 horas.
Interação multimodal
Com suporte a comandos de voz, visão computacional e análise de contexto, o G2 compreende solicitações complexas e executa toda a sequência de ações necessárias. Segundo a Agibot, o modelo consegue, por exemplo, interpretar um pedido de bebida em um restaurante e realizar todas as etapas de atendimento sem intervenção humana.
Arquitetura de inteligência artificial
Duas redes proprietárias compõem o cérebro do equipamento. O GO-1 lida com percepção, planejamento e execução em camadas integradas, enquanto o GE-1 cria simulações virtuais dos movimentos antes de aplicá-los no mundo real, reduzindo falhas. Esses sistemas rodam localmente no chip NVIDIA Jetson Thor T5000, com tempo de resposta inferior a 10 milissegundos.
Imagem: Agibot
Testes e aplicações atuais
De acordo com a empresa, o robô passou por mais de 130 ensaios de resistência, incluindo variações de temperatura e descargas eletrostáticas. A plataforma já foi empregada em linhas de montagem automotiva e na manipulação de componentes eletrônicos sensíveis, áreas que exigem alto controle de força e precisão.
Expansão de mercado
A Agibot planeja levar o G2 a setores como segurança, inspeção, educação e pesquisa, reforçando a estratégia de criar um ecossistema completo de robótica corporificada.
Com informações de Olhar Digital