Especialistas da ESET identificaram um novo esquema criminoso que explora o recurso de videochamada do WhatsApp para obter acesso a dados bancários e contas on-line. O golpe, apelidado de “screen-sharing scam”, já provocou perdas que somam cerca de US$ 700 mil em diferentes países.
Como a fraude é aplicada
O golpe começa com uma videochamada de um número desconhecido, normalmente mascarado para parecer local. O golpista se apresenta como funcionário de banco, suporte do WhatsApp, Meta ou até como um parente em situação de emergência. Com a câmera desligada ou desfocada, o criminoso cria um clima de urgência, alegando movimentações suspeitas na conta, risco de suspensão do aplicativo ou suposto prêmio a ser resgatado.
Em seguida, pede que a vítima compartilhe a tela do celular e, em alguns casos, instale aplicativos de acesso remoto como AnyDesk ou TeamViewer. Ao ganhar visibilidade em tempo real do aparelho, o fraudador captura códigos de verificação, senhas, mensagens 2FA e outros dados sensíveis. A partir daí, consegue sequestrar contas, realizar transferências bancárias e até instalar programas maliciosos para monitoramento contínuo.
Casos registrados
Relatos confirmados ocorreram no Reino Unido, Índia e Hong Kong. Nesse último, uma vítima perdeu 5,5 milhões de dólares de Hong Kong (aproximadamente US$ 700 mil). A ESET destaca que o sucesso da fraude combina três elementos de engenharia social: construção de confiança, sensação de urgência e concessão voluntária de controle por parte da vítima.
Recomendações de segurança
Para reduzir o risco, a ESET orienta:
Imagem: Internet
- nunca compartilhar a tela durante ligações não solicitadas;
- desconfiar de pedidos de senhas, códigos ou dados bancários por telefone;
- evitar instalar apps de acesso remoto a pedido de desconhecidos;
- confirmar qualquer suposto problema entrando em contato diretamente com a instituição por canais oficiais;
- ativar a verificação em duas etapas no WhatsApp em Configurações > Conta > Verificação em duas etapas.
O golpe foi divulgado em 6 de novembro de 2025, às 15h, e segue em monitoramento por empresas de cibersegurança.
Com informações de TecMundo