Autoridades de províncias chinesas do interior, como Gansu, Guizhou e a Mongólia Interior, passaram a oferecer cortes de até 50% nas tarifas de eletricidade para data centers de inteligência artificial que adotarem aceleradores gráficos produzidos no próprio país.
Energia mais barata longe do litoral
Segundo reportagem do Financial Times, essas regiões já praticam preços cerca de 30% inferiores aos cobrados na costa chinesa. Com o novo incentivo, o custo do quilowatt-hora pode cair para aproximadamente 0,4 yuan (cerca de R$ 0,28) para as empresas que se instalarem nesses locais e utilizarem GPUs desenvolvidas na China.
Resposta às restrições de hardware
O programa surge em meio às limitações impostas à importação de chips norte-americanos. Após idas e vindas envolvendo a exportação da NVIDIA para o mercado chinês, Pequim proibiu a compra dos aceleradores H20 da fabricante. Relatos apontam que a troca pelas soluções domésticas aumentou o consumo de energia dos operadores de IA em 30% a 50%, já que os chips chineses ainda apresentam menor eficiência energética em comparação aos modelos da NVIDIA baseados na arquitetura Grace Hopper. As GPUs Blackwell, ainda mais econômicas, também estão barradas pelas sanções dos Estados Unidos.
Volume compensa eficiência
Ao subsidiar eletricidade e oferecer apoio financeiro direto, os governos locais pretendem contornar a desvantagem técnica dos componentes nacionais com grande disponibilidade de equipamentos e energia mais barata. A estratégia reforça a meta de reduzir a dependência de tecnologia estrangeira no segmento de inteligência artificial.
Imagem: Internet
Não há prazo oficial para o término dos incentivos, e as províncias sinalizam que novos pacotes de apoio podem ser anunciados conforme a demanda por processamento de IA continue crescendo no país.
Com informações de Adrenaline