A Microsoft revelou nesta sexta-feira (24) o Mico, um avatar animado que passa a representar o Copilot, assistente de inteligência artificial da companhia. O lançamento faz parte de uma reformulação “centrada no ser humano”, iniciativa que busca tornar o diálogo com a IA mais natural e empático.
De acordo com a empresa, a nova interface foi criada para “aprofundar conexões humanas”, permitindo que o usuário retome suas atividades diárias sem se sentir substituído pela tecnologia. O projeto foi apresentado ao ArsTechnica como um passo rumo a interações mais acessíveis e acolhedoras.
Referências ao passado
A chegada do Mico reacendeu a memória do Clippy, o clipe de papel que auxiliava no Microsoft Office na década de 1990. A própria Microsoft incluiu um easter egg que transforma o novo avatar em uma versão animada do antigo mascote.
“Clippy caminhou para que pudéssemos correr. Todos vivemos à sombra de Clippy”, brincou Jacob Andreou, vice-presidente corporativo de IA da empresa, em entrevista ao The Verge.
Risco de vínculos parasociais
Especialistas ouvidos pela imprensa apontam que um rosto simpático e voz acolhedora podem incentivar relações unilaterais, nas quais o usuário cria laços emocionais com a IA sem reciprocidade real. A Microsoft reconhece o desafio e afirma que pretende construir um sistema confiável, capaz de reagir “como alguém que realmente ouve”.
Imagem: Microsoft
Principais objetivos do projeto
- Tornar a inteligência artificial mais acessível e empática;
- Aumentar a naturalidade das conversas por voz;
- Adotar design amigável e emocionalmente acolhedor;
- Reforçar compromissos de segurança e transparência.
Ainda não há dados sobre o impacto do Mico entre os usuários, mas o movimento sinaliza a aposta da Microsoft em uma IA mais emocional e interativa, tendência que deve ganhar força nos próximos anos.
Com informações de Olhar Digital