Durante o evento Delivering the Future US 2025, realizado na quarta-feira (22) em San José, Califórnia, a Amazon detalhou novos projetos de tecnologia e sustentabilidade que devem impactar entregadores, funcionários de centros de distribuição e a infraestrutura energética da companhia.
Óculos inteligentes para entregadores
A empresa revelou um par de óculos equipados com display que exibe informações de rotas e alertas de segurança diretamente na lente, mantendo as mãos dos entregadores livres. O dispositivo possui duas câmeras, um flash e foi desenvolvido em conjunto com motoristas de entrega. Segundo Beryl Tomay, vice-presidente de Transportes, os testes indicaram redução de 30 minutos no tempo total das entregas. O uso não será obrigatório, e a executiva garantiu mecanismos de privacidade para quem adotar a novidade.
Automação nos centros de distribuição
No setor logístico, a companhia apresentou o Blue Jay, sistema robótico com até dez braços independentes que agiliza a separação de pedidos e diminui esforços repetitivos. De acordo com Tye Brady, diretor de tecnologia em robótica, o projeto levou menos de um ano e meio para ser desenvolvido e já opera em fase de testes na Carolina do Sul. Aaron Parness, diretor de Ciência Aplicada em Robótica e IA, afirmou que a adoção em outros países dependerá da viabilidade financeira, citando a mão de obra barata na Índia como obstáculo à expansão imediata.
Outra novidade é a IA Project Eluna, agente que analisa fluxos de trabalho, sugere soluções para gargalos e realoca recursos em tempo real, aliviando a carga cognitiva de funcionários humanos.
Energia nuclear para data centers
Em busca de reduzir emissões de carbono, a Amazon confirmou investimento em pequenos reatores modulares próximos a Richland, Washington, nas imediações da Estação de Geração de Columbia. O plano prevê 12 unidades, desenvolvidas pela X-Energy, capazes de gerar até 5 gigawatts de potência combinada até 2039. Os reatores usarão esferas de grafite TRISO-X Pebble — do tamanho de bolas de bilhar — como combustível. Segundo Kara Hurst, chefe de sustentabilidade, o desafio é acelerar o cronograma para acompanhar a crescente demanda energética de serviços de inteligência artificial, sem previsão de expansão fora dos Estados Unidos.
Imagem: Internet
Com as iniciativas, a Amazon busca equilibrar eficiência operacional, redução de impactos ambientais e melhores condições de trabalho, embora documentos recentes apontem preocupações sobre possível substituição de mão de obra humana por automação em larga escala até 2033.
Com informações de TecMundo