Uso excessivo de telas preocupa especialistas; veja como reconhecer e reduzir o vício tecnológico

O aumento do tempo dedicado ao smartphone e a outros dispositivos digitais tem acendido o alerta de profissionais de saúde mental. Embora a tecnologia faça parte da rotina, especialistas ressaltam que o comportamento se torna problemático quando interfere em atividades sociais, profissionais ou acadêmicas. A seguir, entenda os principais sinais de dependência, os efeitos mais comuns e recomendações práticas para retomar o controle do tempo online.

Sinais de que o hábito pode ter virado dependência

  • Isolamento de familiares e amigos para permanecer conectado;
  • Queda de interesse por tarefas fora do ambiente digital;
  • Mentiras para ocultar o número de horas na internet;
  • Ansiedade ou irritação na ausência de conexão;
  • Evitar locais sem Wi-Fi ou sinal de celular;
  • Noites maldormidas por uso prolongado de telas;
  • Desempenho escolar, universitário ou profissional prejudicado;
  • Uso do aparelho como fuga de problemas ou emoções negativas.

Principais modalidades de vício tech

O smartphone lidera a lista de dependências digitais, já que concentra comunicação, trabalho, estudos e entretenimento em um só lugar. Entretanto, outras práticas também exigem atenção:

  • Redes sociais: conteúdo rápido e notificações em tempo real reforçam a busca por curtidas e reconhecimento;
  • Jogos online: recompensas frequentes mantêm o usuário engajado por horas;
  • Streaming: maratonas constantes podem agravar sedentarismo e privação de sono;
  • Notificações excessivas e o medo de “perder algo” (FOMO) reforçam a checagem compulsiva do aparelho.

Impactos mais comuns na saúde e na rotina

  • Ansiedade, estresse e sensação permanente de urgência;
  • Insônia e cansaço por exposição noturna à luz das telas;
  • Dores no pescoço, ombros e coluna devido à má postura;
  • Dores de cabeça e desconforto visual provocados pela luz azul;
  • Dificuldade de concentração e perda de produtividade;
  • Irritabilidade, depressão e baixa autoestima;
  • Isolamento social e descuido com responsabilidades diárias;
  • Problemas financeiros resultantes de compras impulsivas ou queda de rendimento no trabalho;
  • Alterações de peso ligadas ao sedentarismo ou à alimentação compulsiva.

Estratégias de design que prolongam o uso

Cores quentes em ícones e notificações, como vermelho e laranja, são empregadas por redes sociais para capturar a atenção de forma imediata. Já o gesto de arrastar para atualizar replica o mecanismo de alavanca dos caça-níqueis, reforçando a sensação de recompensa a cada nova postagem exibida.

Medidas para reduzir a dependência digital

  • Organizar a tela inicial exibindo apenas aplicativos essenciais;
  • Ativar modo em preto e branco para minimizar estímulos visuais;
  • Programar horários específicos para acessar redes sociais;
  • Desativar notificações que não sejam realmente necessárias;
  • Acessar feeds apenas quando o dispositivo estiver offline;
  • Excluir apps usados de forma descontrolada;
  • Deixar de seguir perfis que provoquem estresse ou frustração;
  • Praticar atividades físicas e desenvolver hobbies fora da internet;
  • Evitar o celular durante encontros presenciais.

Profissionais indicam que a mudança de hábito deve ser gradual e, em casos de dependência severa, o acompanhamento psicológico é recomendado para avaliar o grau de compulsão e oferecer suporte emocional.

Com informações de Showmetech

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