Disponível novamente para assinantes do PlayStation Plus Premium desde terça-feira (21), Tekken 3 volta aos holofotes 27 anos após sua estreia nos arcades, em março de 1997, e a chegada ao primeiro PlayStation, em 1998. O relançamento reabre o baú de histórias que cercam um dos games de luta mais vendidos de todos os tempos, com 8,36 milhões de cópias comercializadas no console da Sony.
Diretor “inventado”
Ao fechar os créditos, Katsuhiro Harada se autodenominou “Game Director”, função que não existia oficialmente no setor na época. A Namco contestou, mas ele manteve o título para indicar que coordenava todas as áreas do projeto. Hoje, a mesma nomenclatura é padrão na indústria.
Nocaute nos estúdios
Responsável pela captura de movimentos de King, o lutador de MMA Minoru Suzuki demonstrou a Harada como um estrangulamento funciona: aplicou um mata-leão real no diretor, que desmaiou por cerca de oito segundos.
Dados nas bordas do CD
Para reduzir tempos de carregamento, programadores colocaram os arquivos mais acessados na região externa do CD-ROM, área que passa mais rapidamente pelo feixe de leitura a laser.
Recorde de vendas mantido
Com 8,36 milhões de unidades vendidas, Tekken 3 continua sendo o único jogo de luta entre os cinco mais comercializados do PlayStation original. Para comparação, Tekken 8 atingiu 3 milhões em seu primeiro ano, somando três plataformas.
Capoeira brasileira em destaque
O paulista Marcelo “Caveirinha” Pereira foi recrutado em 1995, após um seminário de capoeira em San Francisco, para gravar os movimentos de Eddy Gordo. Mesmo lesionado, executou aproximadamente 20 % de suas acrobacias habituais e retornou à função em títulos posteriores da série.
Imagem: William R
Trilha sonora incomum
Comandada por Nobuyoshi Sano e Keiichi Okabe, a música adotou o estilo big beat, então inédito em jogos. A sonoridade foi alvo de críticas internas, mas prevaleceu e se tornou uma das marcas do terceiro episódio.
Animações comprimidas a mão
Cada personagem carregava milhares de quadros; King superava 10 mil. Para caber no hardware do PlayStation, Harada precisou ajustar manualmente o nível de compressão movimento por movimento, enquanto ferramentas internas corrigiam distorções de membros em tempo real.
Com essas soluções criativas — e, em alguns casos, dolorosas —, Tekken 3 consolidou sua reputação como um divisor de águas no gênero de luta e permanece influente mesmo em sua nova passagem pelo serviço de assinatura da Sony.
Com informações de Hardware.com.br