A rede social X abriu inscrições para desenvolvedores interessados em testar o novo modelo de cobrança por uso (pay-per-use) de sua API. Segundo publicação no perfil oficial para desenvolvedores, a fase beta, antes restrita, agora recebe tanto criadores iniciantes quanto usuários avançados.
Os participantes selecionados receberão um voucher de US$ 500 para utilizar nos experimentos com a API. A empresa não informou quantas vagas estão disponíveis nem o prazo para envio das candidaturas.
Custos variáveis por tipo de solicitação
Uma página atualizada da API exibe valores específicos para diferentes operações, como leitura de conteúdo, criação de posts, envio de mensagens diretas, consulta de tendências e extração de favoritos. Há também uma calculadora que estima o preço de pacotes de uso, recurso ausente no modelo anterior, em que toda requisição tinha o mesmo custo.
No novo formato, não há limites mensais fixos por faixa de contratação. O site inclui ainda um quadro comparativo entre a cobrança por uso e o sistema escalonado anterior. A plataforma não esclareceu se pretende descontinuar os planos por assinatura; questionada, a companhia ainda não respondeu.
Evolução da política de acesso à API
A testagem ocorre dois anos depois da reformulação completa da estratégia para desenvolvedores. Em 2023, X passou a bloquear clientes de terceiros e, em fevereiro daquele ano, encerrou o acesso gratuito, levando diversos aplicativos a serem desativados.
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No mês seguinte, lançou um plano básico de US$ 100 mensais — valor hoje reajustado para US$ 200 — e um pacote empresarial de US$ 42 mil por mês. Meses depois, foi apresentado o plano Pro de US$ 5 mil, que permite obter 1 milhão de tweets e publicar até 300 mil posts por mês, além de acesso ao endpoint de busca em todo o arquivo da plataforma.
Como as opções se mostraram caras ou insuficientes para parte dos desenvolvedores, a empresa introduziu pacotes complementares para quem atingia os limites. A nova cobrança por uso surge como alternativa para atrair novamente criadores de aplicativos que dependem da integração com a rede social.
Com informações de TechCrunch