131 extensões do Chrome expõem usuários do WhatsApp Web a disparos de spam

Pesquisadores da empresa de cibersegurança Socket identificaram, em 20 de outubro de 2025, um total de 131 extensões do Google Chrome voltadas ao WhatsApp Web que operam de forma similar a malware. Os complementos prometem facilitar o envio de mensagens em massa, mas contornam os sistemas internos de proteção contra spam da plataforma.

Versões quase idênticas

Segundo o levantamento, todas as extensões analisadas compartilham a mesma base de código, bancos de dados e infraestrutura, diferenciando-se apenas por nome e logotipo a fim de mascarar a relação entre elas. Entre os títulos listados aparecem YouSeller, performancemais, Botflow e ZapVende. A maioria foi publicada por desenvolvedores com variações do nome “WL Extensão”, estratégia que permite manter vários complementos ativos simultaneamente na Chrome Web Store.

Como funciona o golpe

Após instaladas, as extensões injetam código diretamente na interface do WhatsApp Web, executando scripts ao mesmo tempo que o mensageiro. Dessa forma, conseguem automatizar disparos, agendar mensagens e burlar os mecanismos que detectam atividades suspeitas, abrindo caminho para campanhas de spam em grande escala.

A Socket enfatiza que os complementos não se enquadram em “malware clássico”, mas representam risco elevado ao violar as regras do aplicativo e possibilitar abusos contra usuários. Além disso, a publicação de múltiplas extensões praticamente idênticas contraria as políticas da própria loja do Chrome.

Origem do software

O operador por trás da ferramenta original seria a DBX Tecnologia, empresa que comercializa softwares “white label” para WhatsApp. O pacote inclui código-fonte, tutoriais de distribuição e infraestrutura, tudo oferecido a partir de R$ 12 mil, com promessa de retorno financeiro de até R$ 84 mil para cada cliente interessado em lançar sua própria extensão.

Ainda disponíveis para download

No momento da denúncia, as 131 extensões continuavam listadas na loja oficial do Chrome, reforçando a necessidade de cautela na instalação de ferramentas de terceiros, sobretudo aquelas que garantem funções automatizadas para serviços populares.

Até que o Google tome providências, especialistas recomendam que usuários avaliem cuidadosamente permissões solicitadas e verifiquem a reputação de desenvolvedores antes de adicionar novos complementos ao navegador.

Com informações de TecMundo

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